Como as mídias sociais podem impulsionar o seu e-commerce
Já não é segredo para ninguém a importância que um e-commerce pode assumir na rotina de uma empresa. A ponto de algumas, aliás, só existirem nesse formato de vendas.
O que muita gente ignora são os modos de promover um negócio online. De fato, assim como ter um bom site institucional já não é o bastante para uma campanha de marketing digital, abrir um e-commerce é apenas o primeiro passo.
Não é difícil compreender as razões disso, afinal, uma loja física também precisa de divulgação para que as pessoas saibam que ela existe. Como dizem, “quem não é visto, não é lembrado”.
Segundo dados da própria ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), o e-commerce nacional tem crescido cerca de 25% ao ano e a tendência é crescer cada vez mais.
Contudo, a concorrência também cresce proporcionalmente. Por isso, é importante saber utilizar estratégias de marketing digital para conseguir se diferenciar e se destacar, tal como as técnicas ligadas às redes sociais.
Entendendo o conceito de e-commerce
Segundo o estudo de uma empresa norte-americana de gestão e análise de mídias sociais, mais de 60% dos brasileiros estão cadastrados em pelo menos uma rede social.
Desses, mais da metade costuma comprar um produto após vê-lo anunciado em alguma dessas mídias, especialmente quando se trata de soluções mais “nichadas” (segmentadas), não anunciadas na TV, como instalação de redes para quadras esportivas.
De fato, o primeiro passo para impulsionar um e-commerce é entender alguns conceitos básicos. Entre eles, qual o canal utilizado e o público-alvo com o qual se fala por meio dele, bem como a linguagem que deve ser utilizada.
Em termos técnicos, e-commerce significa “comércio eletrônico”. E indica apenas a comercialização de serviços/produtos por meio da internet, podendo assumir várias roupagens e ocorrer por vários canais, tais como:
- Uma loja virtual de marca única;
- O marketplace ou espaço multimarcas;
- Venda direta nas redes sociais;
- Vendas por e-mail marketing, etc.
Compreender qual a abordagem e a linguagem que devem ser utilizadas implica, como vimos, definir o público-alvo a fim de entender quais são as expectativas dessas pessoas. Afinal, não é possível tratar todos os visitantes de uma página da mesma maneira.
Certamente, a linguagem de produtos de apelo popular não será a mesma que a de clientes que buscam por soluções industriais, por exemplo. Por outro lado, existem soluções que são mistas, e podem atrair tanto empresas quanto usuários finais.
É o caso de uma marcenaria alto padrão, por exemplo, cuja abordagem talvez precise se abrir à possibilidade de atender tanto escritórios de luxo quanto casas e condomínios residenciais.
Isso, que pode parecer um detalhe, faz toda a diferença, como veremos adiante.
Como definir público-alvo e persona
Os conceitos de B2B e B2C podem nos ajudar bastante aqui. Trata-se das famosas siglas que remetem a Business to Business e Business to Consumer, respectivamente. Ou seja, a venda feita entre empresas, e a feita entre a empresa e o usuário final.
Naturalmente, se a loja virtual é atrelada ao site da empresa, a qual trabalha com pintura de estrutura metálica, é possível saber qual o público-alvo daquele segmento de mercado: indústrias que precisam desse serviço de reparo estético/saneador.
Nesses casos de negociação B2B, o ideal é que a redação seja mais institucional do que publicitária.
Afinal, como os clientes são técnicos da sua área, e sabem exatamente do que precisam, é preciso demonstrar autoridade e capacidade em atendê-los com profissionalismo.
Se utilizarmos o exemplo de uma loja de acessorios para piscina, porém, será o caso de aplicar uma redação mais publicitária. Possivelmente, nesse caso, o público se constituirá em grande parte de usuários finais, configurando-se como negociação B2C.
Além de saber qual tipo de redação ou abordagem utilizar, a empresa precisa ir além e saber definir a persona do seu público. Hoje em dia, não basta segmentar entre B2B e B2C: é preciso compreender a fundo o comprador, independentemente do perfil que ele tenha.
As perguntas mais comuns de se fazer para definir a persona são:
- Qual a idade do meu cliente?
- Onde ele mora e onde trabalha?
- Quais lugares ele frequenta?
- O que gosta de fazer nas horas vagas?
- Do que ele gosta na solução em que presto?
- Do que ele não gosta nessa solução?
Esse exercício fará você compreender profundamente o tipo de pessoa que compõe a sua clientela, e o ajudará a pensar como um cliente, a fim de entender melhor a “cabeça” dele.
De fato, hoje, todas as maiores marcas se esforçam para ter uma persona nas redes sociais. Geralmente, esse empenho visa a transformá-las em uma “pessoa virtual”, que fala e pensa igual aos seus seguidores.
Isso não serve apenas para as grandes marcas, mas também para pequenas e médias empresas. Pois essa estratégia possibilita resultados excepcionais e eficazes em um e-commerce.
Você sabe gerar conteúdo de qualidade?
Seguramente, as redes sociais podem gerar um aumento exponencial de tráfego em seu e-commerce, elevando, consequentemente, os resultados e as vendas.
Como vimos, isso depende da sua capacidade de se comunicar com o seu público. Se uma face desse desafio é definir a persona dele, a outra é a parte prática desse mesmo esforço, que consiste na geração do conteúdo que seu público lerá.
As palavras da vez são “conteúdo útil e gratuito”. Se o cliente busca por iluminação para piscina de fibra, por exemplo, provavelmente ele fará um bom número de pesquisas antes de decidir de quem comprar.
A maneira de se diferenciar e conquistar essa pessoa é provando que você tem autoridade no assunto, que sabe do que está falando e pode resolver a dor dela de modo assertivo e eficiente. O que todos nós buscamos é evitar as experiências negativas.
Portanto, um modo de garantir que o seu canal nas redes sociais tenha mais visualizações, curtidas e compartilhamentos (seja qual for a plataforma em questão), é por meio de conteúdos bem escritos e que agreguem algum valor aos leitores.
De fato, se a mídia social lida com texto, áudio ou vídeo, não faz tanta diferença. O importante é ter conhecimento da sua própria solução e, mais ainda, saber organizá-lo de modo atraente e diferenciado.
Caso se trate de áudio e vídeo, por exemplo, o indicado é que você tenha sempre um roteiro ou script do material que será desenvolvido na multimídia. Adiante, veremos como é possível atingir tais resultados de modo prático.
O risco de se tornar maçante ou sem graça
Se você parar para pensar nas suas relações recentes de compra e venda, verá quantas delas surgiram de indicações pessoais feitas por amigos ou parentes.
Mesmo as grandes marcas sabem que uma indicação pode ser bem mais valiosa que um anúncio feito em um veículo caríssimo de divulgação. Com as redes sociais e a conectividade dos dias de hoje, essas possibilidades se multiplicaram incrivelmente.
A dica mais preciosa aqui é sobre o teor que os conteúdos de qualidade devem ter: é extremamente importante que eles não sejam meramente comerciais.
Ou seja, que eles não falem apenas do produto, da marca, de promoções e daí por diante, mas que tragam informações relevantes aos leitores.
Embora um saldão promocional de led para piscina de alvenaria funcione, para atrair clientes para o seu e-commerce por meio das redes sociais é preciso ser criativo e trazer algo interessante, inovador e que agregue valor ao público.
Nesse caso, um bom assunto seria o das vantagens do LED em relação às lâmpadas comuns. A partir disso, seria possível explorar questões de economia na conta de luz, ou mesmo abordar a sustentabilidade envolvida no uso das lâmpadas de LED.
Às vezes, uma redação publicitária mais despojada pode trazer tantos resultados quanto um conteúdo informativo. O importante é perceber que os anúncios maçantes, que focavam só em promoções e saldões, não são mais tão interessantes.
Como garantir o engajamento do público?
De todos os motivos convincentes para marcar presença nas redes sociais, talvez um dos maiores seja um que não diz muito sobre as vantagens das próprias mídias: o fato de que muitos dos seus concorrentes certamente já estão lá.
Ou seja, se uma loja de casa e construção quer promover sua frente de locação de equipamentos, como parafusadeiras, rompedores e martelete para alugar, decerto ela não será a primeira loja a fazer isso via e-commerce.
Disso surgem duas demandas essenciais. a primeira delas tem a ver com a interação e o tempo de respostas por parte da marca. Algumas mídias lidam com hashtags, outras com vídeos, outras com gifs, mas todas demandam o mesmo: atenção e cuidado.
Se a empresa não responde em tempo oportuno, certamente os clientes não se engajarão. Além disso, acabarão perdendo o interesse naquela marca. A fim de evitar isso, a segunda demanda é a dos Ads (Advertising), ou seja, das publicidades.
A maioria das redes sociais oferece soluções de publicidade para promover seus conteúdos. Essas abordagens podem ir desde soluções mais “nichadas” (segmentadas), como instalação de sprinklers, até produtos de apelo popular, como roupas e viagens.
Atualmente, a concorrência é muito grande não apenas em termos comerciais, mas também na quantidade de informações que aparecem a todo momento para as pessoas. Assim, a solução Ads pode ser um modo de chamar a atenção da pessoa certa na hora certa.
Em todos esses casos, o que vimos é a importância que as mídias sociais têm, de modo geral, na construção de uma marca e no aumento dos resultados de um e-commerce.